Estado Livre da Baviera | |||
Habitantes: |
12,0 milhões |
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Área: |
70.522 km2 |
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Capital: |
Munique |
Tradição em natureza agreste
A denominação histórica de Estado Livre quer dizer que a Baviera é um Estado republicano e não monárquico. O maior Estado alemão em superfície e seus doze milhões de habitantes têm orgulho de sua história, que remonta ao século VI. Em nenhum outro lugar da Alemanha é cultivada a tradição tão naturalmente como lá: o traje típico não é usado apenas por ocasião de grandes festividades populares, como por exemplo, na anual festa da cerveja «Oktoberfest», em Munique. Aquele Estado deve sua grande atratividade turística à rica herança histórico-cultural, como também ao encanto de sua impressionante beleza natural. Os Alpes, com o pico mais alto da Alemanha - o «Zugspitze» (2.962 m) - a região pré-alpina com seus lagos maravilhosos como o «Chiemsee» e o «Königssee», ou ainda o lago «Schmalen», em Mittenwald, diante do maciço de «Karwendel», são paisagens únicas e exuberantes. A Floresta Bávara (Bayerischer Wald) com seu parque nacional, as florestas «Fränkische Alb», «Fichtelgebirge» e «Steigerwald», o «Spessart» e muitas outras regiões oferecem ao turista atrações incomparáveis para aventuras na natureza e para repouso. As montanhas são paraísos para excursionistas, os lagos na região pré-alpina e as novas barragens na Francônia, resultantes da construção do canal Meno-Danúbio, convidam à prática de esportes aquáticos. A Baviera é rica em extensos parques, como o de «Schönbusch» nas imediações da cidade de Aschaffenburg, o «Hofgarten» em Ansbach ou o «Englischer Garten» (Jardim Inglês) em Munique, e em castelos e palácios suntuosos, ressaltando-se os do «rei dos contos de fadas» Ludwig II: Lindenhof, Neuschwanstein e Herrenschiemsee. As residências (Residenz) em Würzburg, em Bamberg e a Veste em Coburg, com sua coleção de gravuras em cobre, são de uma beleza impressionante.
Agricultura e indústria
Até 1950 predominava na Baviera a agricultura como principal ramo econômico. Nas décadas seguintes, a região de estruturas agrárias tornou-se um moderno Estado industrial e de prestação de serviços. A Baviera é hoje o centro número um da tecnologia avançada na Alemanha. No entanto, a região pré-alpina e outras partes do território bávaro dependem ainda hoje da agricultura e da silvicultura. A cerveja bávara, preparada segundo o preceito de pureza de 1516, é mundialmente conhecida; o lúpulo para seu fabrico é cultivado no próprio Estado. Os vinhos da Francônia são apreciados pelos conhecedores. As cidades gêmeas Nurembergue (487.000 habitantes) e Fürth (109.000 habitantes), ligadas pelo primeiro trecho de linha férrea da Alemanha, datado de 1835, formam um centro industrial com setores de eletrotécnica, construção de máquinas e automóveis, tipografias, plásticos, brinquedos e gêneros alimentícios. O pão de mel de Nurembergue (Lebkuchen) é apreciado internacionalmente, a empresa de vendas por catálogo «Quelle», de Fürth, tem um endereço conhecido em toda a Europa. Regensburg (125.000 habitantes) mantém o caráter de cidade medieval bem conservada (com sua ponte de pedra datada de 1146) e dispõe de um eficiente porto no Danúbio. Ingolstadt (114.000 habitantes) é centro da indústria automobilística e de refinarias de petróleo. Würzburg (126.000 habitantes) tem as três maiores viniculturas do Estado: a estatal «Hofkeller», a «Juliusspital» e a «Bürgerspital». As fábricas de vidro (Zwiesel) e manufaturas de porcelana (Rosenthal e Hutschenreuther) dão continuidade à tradição da indústria artesanal na Baviera Oriental. As mostras internacionais «bauma» e «Systems», em Munique, e a Feira de Brinquedos de Nurembergue têm fama mundial.
Estilo de vida e tecnologia avançada
A capital a Baviera, Munique «München» (1,19 milhão de habitantes), tem todas as características de uma metrópole e, mesmo assim, um ambiente próprio e inconfundível. Ao lado da sociabilidade proverbial, por exemplo na cervejaria «Hofbräuhaus», tanto a cidade como a região apresentam uma vida econômica dinâmica e pulsante: indústria automobilística e aeronáutica, indústria elétrica e eletrônica, companhias de seguros e editoras. A cidade é um centro significativo da ciência e da pesquisa, em decorrência sobretudo das renomadas universidades e de outros estabelecimentos de ensino superior, da Biblioteca Estatal Bávara - uma das maiores da Europa, com mais de 6 milhões de volumes - do Instituto Max Planck de Física do Plasma e de outras instituições. O aeroporto, que recebeu o nome do antigo governador Franz-Josef Strauss, é um importante ponto de apoio do transporte aéreo internacional. Em fevereiro de 1998, foi inaugurado o novo parque de exposições, localizado na área do antigo aeroporto München-Riem.
Cultura de todas as épocas
Munique possui, com seu ímpar «Deutsches Museum», a maior coleção mundial da história das ciências naturais e da técnica, além de numerosas edificações históricas e museus de arte, como a Antiga Pinacoteca e a Nova Pinacoteca, a «Lenbachhaus» e a «Schack-Galerie». Nurembergue, a cidade de Albrecht Dürer (1471-1528) e de Hans Sachs (1491-1576), guarda em suas igrejas obras artísticas de alto gabarito do final da Idade Média. Apenas o Museu Nacional Germânico já justificaria uma viagem à cidade. Jóias do barroco e do rococó são as igrejas dos mosteiros de Banz e de Ettal, a basílica «Vierzehnheilige» e a «Wieskirche», próxima a Steingaden. Esta última igreja foi declarada pela UNESCO como patrimônio cultural da humanidade, da mesma forma como a antiga residência do principado episcopal de Würzburg (Residenz). Sua escadaria - considerada uma das mais belas do mundo - foi construída por Balthasar Neumann (1687-1753), com afrescos de Giovanni Battista Tiepolo. Todos os anos, as óperas de Richard Wagner são representadas durante o Festival de Bayreuth, local onde aquele compositor viveu de 1872 a 1883. Além disso, há os Festivais de Munique, as Semanas Européias de Passau, A Semana de Bach em Ansbach e o Festival de Mozart de Würzburg. A música folclórica também está viva por toda a Baviera, especialmente por ocasião de numerosas festas, como a «Leonhardi-Fahrt» de Tölz, a Festa da Paz de Augsburg, o «Drachenstich» de Fürth, a «Kilianfest» de Würzburg e o Torneio Medieval de Kiefersfelden. De dez em dez anos, realiza-se em Oberammergau a Paixão de Cristo, tradição desde 1634 (a mais recente foi no ano 2000).
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