Uma região industrial européia

Coração industrial, moderno centro tecnológico, cultural e da mídia: a Renânia do Norte-Vestfália é o estado mais populoso da Alemanha. Antigamente, a característica do Estado eram as chaminés das fábricas, as torres de extração e os alto-fornos; nas últimas décadas, registrou-se uma mudança estrutural profunda. A terra do carvão e do aço se transformou num Estado com carvão e aço, com setores industriais promissores, e que devido à sua excelente infra-estrutura é atraente tanto para investidores locais quanto estrangeiros. Para isso contribuiu também a Exposição Arquitetônica do Emscher Park. Quase metade da população vive em grandes cidades com mais de 100.000 habitantes. A densidade demográfica alcança 527 habitantes por quilômetro quadrado, sendo uma das mais altas da Europa. Hoje, ninguém mais fala do «Kohlenpott», a região carbonífera do Ruhr. Uma reivindicação da década de 60, «céu azul sobre o Ruhr», foi cumprida há tempos. Quase 52 por cento da superfície da Renânia do Norte-Vestfália são aproveitadas para a agricultura, 25 por cento são florestas. Apesar disso, a região do Ruhr é o maior pólo industrial da Europa com aproximadamente 4,8 milhões de habitantes. Inúmeras empresas produtoras e fornecedoras de energia têm ali a sua sede. Além disto, o Estado é um centro da indústria de grandes usinas elétricas e da indústria química.

O surgimento do Estado da Renânia do Norte-Vestfália remonta à época da ocupação pelas tropas britânicas após a II Guerra Mundial, que unificaram, em 1946, grande parte da antiga província prussiana do Reno e a província de Vestfália; mais tarde, acrescentou-se o território de Lippe-Detmold.

Em 1949, Bonn, às margens do Reno (305.000 habitantes), foi escolhida para ser a capital provisória da República Federal da Alemanha. Após a unificação da Alemanha, Berlim tornou-se a capital definitiva. Com base na Lei Berlim-Bonn, de 1944, a «cidade federal» Bonn está se tornando atualmente um centro inovador de prestação de serviços e mantém ainda uma grande parte da sua importância na vida política da Alemanha: seis Ministérios federais continuam tendo ali a sua sede principal. A cidade tem um grande futuro a nível internacional, também graças a três organizações da ONU, à tradicional Universidade Renana Friedrich-Wilhelm, ao recém-criado centro de pesquisas CAESAR e a outras grandes instalações de pesquisas, à ampla oferta cultural, e como sede de grandes fundações políticas.

Carvão, aço e mídia

A economia da Renânia do Norte-Vestfália tem atualmente uma base mais ampla do que nunca. Desde 1960, o número de empregados nos ramos de mineração e siderurgia tem decrescido substancialmente; naquela época, de cada oito trabalhadores, um pertencia àquele setor; hoje, apenas um de cada 25 - na região do Ruhr, somente 12 empresas de mineração estão atualmente em funcionamento, das quais quatro serão fechadas ou juntadas a outras minas nos próximos anos. Muitos novos empregos foram criados, por exemplo, no setor da mídia e da cultura, que registra entrementes o maior crescimento anual em volume de negócios. Em 1996, a empresa de mídia norte-americana Time Warner inaugurou em Bottrop-Kirchhellen um parque e estúdios cinematográficos orçados em mais de 180 milhões de euros - o maior investimento feito até agora nesse setor na Alemanha. A Escola Superior de Mídia de Colônia, o Instituto de Prática e Transferência de Meios de Comunicação, vinculado à Escola Superior Folkwang de Essen, e a Academia de Aperfeiçoamento de Mídia de Siegen são apenas alguns exemplos das atividades do setor no Estado.

Cerca de 66 por cento dos empregados na Renânia do Norte-Vestfália trabalham no setor de prestação de serviços. A mudança estrutural sempre esteve ligada com a renovação ecológica: com suas firmas no setor do meio ambiente, o Estado transformou-se num centro líder da tecnologia ambiental na Europa.

A intensa atividade econômica apóia-se na densa rede de auto-estradas, ferrovias e vias navegáveis, que interligam numerosas grandes cidades como Colônia «Köln» (963.000 habitantes), Essen (603.000), Dortmund (592.000), Düsseldorf (568.000), Duisburg (523.000), Bochum (393.000), Wuppertal (372.000), Bielefeld (322.000), Gelsenkirchen (284.000), Mönchengladbach (265.000), Münster (264.000), Aachen (244.000) e Krefeld (243.000). Ademais, devem ser mencionados os aeroportos de Düsseldorf e de Colônia-Bonn. O maior porto fluvial do mundo encontra-se em Duisburg, no Reno.

Das 100 maiores firmas alemãs, 44 têm sua matriz na Renânia do Norte-Vestfália. Entre as indústrias de porte destacam-se a Bayer Leverkusen e a empresa gráfica e editora Bertelsmann. Düsseldorf é um dos grandes centros bancários alemães. No tocante a seguradoras, Colônia assume um dos lugares de vanguarda na Alemanha. A Renânia do Norte-Vestfália possui quatro centros de feiras internacionalmente competitivos em Düsseldorf, Colônia, Dortmund e Essen. Mais de um quinto do total das exportações alemãs provém da Renânia do Norte-Vestfália, e quase um quarto das importações destina-se àquele Estado.

Conhecimento, cultura e lazer

A partir dos anos 70, surgiu na Renânia do Norte-Vestfália um dos cenários mais densos e diversificados: 52 estabelecimentos de ensino superior e escolas superiores especializadas, espalhados por 70 localidades, preparam cerca de 500.000 estudantes para seu futuro profissional. Um rede de centros tecnológicos e órgãos de intermediação - entre eles, dez Institutos Max Planck, cinco Institutos Fraunhofer, bem como o Centro de Inovação e Técnica «Zenit», em Mülheim no Ruhr - torna possível que o conhecimento adquirido nas universidades seja aplicado também nas empresas de pequeno e médio porte.

Cerca de 13 milhões de pessoas visitam anualmente os 602 museus do Estado, como por exemplo os localizados na «Milha dos Museus» de Bonn, o Museu Wallraf Richartz e o Museu Ludwig, ambos em Colônia, a Coleção de Artes da Renânia do Norte-Vestfália, em Düsseldorf, o Museu Folkwang de Essen, a Kunsthalle de Bielefeld e o Museu Estadual Vestfálico, em Münster. O Estado contribui para a conservação de mais de 80.000 monumentos arquitetônicos e históricos; em nenhum outro lugar do mundo trabalham tantos representantes renomados das artes plásticas contemporâneas como nas academias de arte de Düsseldorf e Münster. O amplo panorama teatral com mais de 160 palcos proporciona variedade cultural e reputação internacional. O Festival do Ruhr, o evento teatral «NRW-Theatertreffen», o Festival de Cinema de Curta Metragem de Oberhausen, além disso, o Colégio Europeu de Tradutores, em Straelen, e a Escola de Arte Dramática de Bochum têm alcance supra-regional. Pina Bausch, com seu teatro de dança, é conhecida tanto em Nova York ou Tóquio quanto na sua Wuppertal. Devido a tudo isso, milhões de visitantes vão ao Estado anualmente, como por exemplo os visitantes das feiras ou que vêm conhecer a paisagem intacta da região de Münster com seus fabulosos castelos rodeados de água, ou ainda os que passam suas férias esquiando em Sauerland ou praticando surfe numa das numerosas barragens. A magnífica catedral de Colônia, com a ponte ferroviária como belo pano de fundo, e o arrojado Museu de Arte de Bonn, projetado por Axel Schultes (1993) são locais imperdíveis para serem visitados.

- Maiores informações: https://www.land.nrw/