Würzburg (Rota Romântica) |
Vale a pena visitar? |
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Não | Não muito | Razoável | Vale a pena | Sem dúvida! |
Würzburg é considerada a última cidade da chamada Rota Romântica e foi por ela que começamos então a nossa viagem. Assim que chegamos de carro na cidade, acabamos sendo influenciados pelas placas e nos dirigimos para a Festung (Fortaleza) Marienberg. Foi a melhor coisa que fizemos pois a fortaleza está localizada em um morro e o resto das atrações da cidade estão concentradas no vale. Assim, uma vez vista a fortaleza e a Käppele (Capela), o resto da cidade pode ser visto andando-se à pé pela cidade. Recomendo o ônibus número 9, que passa pela Alte Mainbrücke e se dirige à Fortaleza. A subida até lá é páreo duro! J Utilizamos então um final de tarde para a fortaleza e a capela e a manhã do dia seguinte para a cidade em si.
Na noite de 16 de março de 1945, Würzburg recebeu o mesmo tratamento das bombas aliadas que Nürnberg recebeu dois meses antes. Würzburg ainda está lenta no seu processo de reconstrução, podendo esse fato ser verificado ao longo de um passeio pela cidade.
Contando um pouco da história da Fortaleza Marienberg, temos a seguinte linha cronológica:
Cerca
de 1000 a.C. - Originalmente um retiro fortificado do período Hallstatt
706
- Consagração da Igreja de Maria (Marienkirche)
Cerca
de 1200 - Fundação do castelo fortificado
1253-1719
- Residência dos bispos-príncipes, quando então eles se mudam para o Residenz
1482
- O castelo principal foi cercado pela muralha em anel com o portão Scherenberg
Cerca
de 1600 - A fortaleza foi modificada para um palácio renascentista por Julius
Echter. Na mesma época foi construído o templo Brunnenhaus sobre o poço profundo (104
metros).
Após
a derrota por Gustav Adolf da Suécia em 1641, a fortaleza foi reconstruída como
uma fortificação barroca, e o Jardim dos Príncipes foi então planejado.
Como se vê pela descrição acima, a fortaleza apresenta alguns aspectos muito interessantes, pois além da típica muralha com fosso rodeando-a, ela também apresenta uma segunda muralha que a cerca.
Devido às devastações ocorridas na Segunda Guerra e apesar de grande parte da estrutura original ter sido restaurada, muito do interior desta fortaleza medieval está faltando. No seu interior, como descrito no histórico acima, há a antiguíssima igreja em forma redonda Marienkirche ( 706) bem como o Brunnenhaus (1601) com seu poço de 104 metros talhado ao longo da rocha.
Da fortaleza é possível se ter um panorama completo da cidade e do rio Meno. Tirando partido desse fato, existe uma placa indicando as construções existentes na cidade com seus respectivos nomes.
A Käppele (capela), sobre a montanha Nikolausberg, é uma igreja muito interessante pela forma de seu telhado. Olhando de fora ela não demonstra tanto o tamanho da beleza que está guardada dentro. Mármores maravilhosos com cores mescladas, telas gigantes com motivos religiosos pintados e diversos ornamentos em ouro. Originalmente uma igreja de peregrinação, ela foi construída por Balthasar Neumann de 1747 a 1750. No entorno da igreja, as passagens da via sacra são representadas por esculturas em tamanho natural feitas por P. Wagner, 1767-1778.
A Alte Mainbrücke (Antiga ponte sobre o rio Meno) foi construída de 1473 a 1543, substituindo uma ponte em estilo romanesco que foi destruída. Esta ponte foi adornada com estátuas de santos em cerca de 1730. Relembrou-me muito da Ponte Carlos de Praga (República Tcheca).
A Residenz (Residência), que é o palácio dos bispos príncipes, considerada patrimônio mundial pela UNESCO, é um trabalho do período barroco do sul da Alemanha. A intenção desta construção era mostrar que os bispos de Würzburg poderiam manter-se tais como as grandes cortes européias, como Versailles. Também foi construída por Balthasar Neumann de 1720 a 1744. Falando um pouco de seu interior, sua escadaria possui uma cúpula em balanço, tendo em seu teto umas das maiores pinturas em afresco do mundo feitas pelo veneziano Giovanni Battista Tiepolo (pintor do século 18). Há um "Salão Branco" com rico trabalho em estuque por Antonio Bossi, "Salão do Imperador" com afrescos de Tiepolo que atualmente abriga o junino Festival Mozart, jardim de inverno com pinturas no teto de Johann Zick, um "Quarto de Desfile" ornado em rococó de 1740 a 1770 e uma sala de espelhos, reaberta em 1987 após nove anos de reconstrução.
A igreja Hofkirche, erguida de 1732 a 1744, que se encontra no complexo é maravilhosa. Foi construída na asa sudoeste do palácio a fim de não prejudicar a simetria. Ela segue o mesmo estilo da Käppele (capela), mas sem dúvida com muito mais luxo e preciosismo. Seu interior ovalado faz parecê-la muito maior do que realmente é. Um brilhante trabalho ilusionista de Neumann. Os altares laterais são trabalho de Tiepolo. Não deixe de visitá-la! É de graça e recomendo! Apenas as visitas dentro do Residenz são pagas. Na primavera e verão o horário de funcionamento é extendido.O centro da cidade é muito agradável, com construções muito bem cuidadas, exceto a Rathaus (prefeitura), cuja construção é utilizada para esta função desde 1316. J Em frente à prefeitura encontra-se a fonte Vierröhrenbrunnen, em estilo rococó datada de 1763-66. Andando pela cidade pode-se observar pequenos belos detalhes, tais como uma padaria e a entrada de uma construção que foi totalmente destruída pela Segunda Guerra mas reconstruída então em 1961, com um destaque: cuidando-se para que todos os detalhes fossem exatamente os mesmos da antiga construção. Admiro muito o zelo alemão para com suas construções históricas.
A Haus zum Falken, que foi uma hospedaria, é um exemplo para a cidade de casa em estilo rococó com sua decoração em estuque datada do ano 1751. Atualmente ela abriga a livraria da cidade e o centro de informações turísticas.
Passamos pela antiga universidade (Alte Universität), do período da Renascença (1582), que se desenvolveu de maneira irregular com a Neubaukirche (Igreja da Nova Construção), cuja construção foi de 1583 a 1591 e sua torre foi construída em 1696. Como tinha visto no site da cidade que era possível ter uma vista panorâmica do centro da cidade da igreja Stift Haug, não sairia da cidade sem ter essa vista. Seguimos o que vimos no mapa panorâmico que havia na Festung Marienberg, acabamos então nos perdendo e parando na igreja St. Josef pensando que nos dirigíamos para a Stift Haug. Ufa! Como andamos! Descobrimos que a igreja estava na nossas fuças bem no centro da cidade. J Infelizmente não havia entrada liberada para subir em sua torre. Que pena!
Falando um pouco da igreja Stift Haug, ela é um trabalho do arquiteto Petrini e a primeira grande igreja barroca na Francônia. Sua cúpula foi construída de 1670 a 1691.